Foi com voracidade que me tornei adulto. Com aquela pressa que se tem de chegar ao futuro, ignorando que depois de lá estarmos desejaremos... Mas desejaremos com um ardor muito maior, com uma sofreguidão angustiosa, com uma saudade incompreensível... Desejaremos voltar atrás, aos tempos de criança, só que... o tempo não volta atrás. Não. Não volta! É uma impossibilidade física! Pelo menos foi o que sempre me disseram...
No entanto, eu sei que volta. Eu voltei! Cá estou eu no mesmo sítio, no mesmo tempo... Bem! Talvez não. Em Belazir não há tempo! Pelo menos o conceito de tempo a que os terrestres conhecem. Por isso, não poderei dizer que estou no mesmo tempo em que estava quando cá estive da última vez. Penso que seja essa uma das vantagens que a eternidade oferece...
Sei que vou passear muitas vezes por estes jardins repletos de flores, cheios de aroma, que vou encontrar outros como eu com quem irei conversar alegremente, que irei inspirar as essências libertadas pela terra molhada numa tarde de chuva, um perfume inigualável em qualquer lado do universo...
Mas sei também que haverão dias cinzentos, dias em que só me apetecerá enterrar no chão, em que chorarei e lamentarei os meus erros... Os meus erros consecutivos... A minha estupidez inata! Sim, porque só alguém dotado de extraordinária estupidez repete os mesmos erros vida atrás de vida.
Por vezes, sinto-me preso neste ciclo da vida eterna, Belazir-Terra , Terra- Belazir...
Pelo menos os meus erros não são graves como os daqueles que estão encerrados nas Torres. Eu não erro por vontade... Erro por... por... Por estupidez! Não encontro melhor definição!
Em todas as minhas vidas tenho pressa de crescer, pressa de me tornar homem, ou mulher, pressa de viver. E quando lá chego, cheio de dúvidas, de medos, sem estar devidamente preparado para o que é ser adulto começo a querer ser de novo criança, regressar à vida despreocupada, esse é o primeiro sinal...
O primeiro sinal que em breve regressarei a Belazir, o primeiro sinal de que voltei a errar, que voltei a esgotar as minhas energias para tentar acelerar o tempo, para chegar mais depressa à idade adulta – ignorando outra impossibilidade física na Terra: o tempo tem o seu próprio tempo.
Depois virá a doença inexplicável... De repente, do nada, serei acometido de uma terrível enfermidade... À medida que as minhas energias espirituais se forem findando, irei definhando até que um dia a vida soçobrará num misericordioso suspiro fatal...
Então estarei de regresso a Belazir...
No entanto, eu sei que volta. Eu voltei! Cá estou eu no mesmo sítio, no mesmo tempo... Bem! Talvez não. Em Belazir não há tempo! Pelo menos o conceito de tempo a que os terrestres conhecem. Por isso, não poderei dizer que estou no mesmo tempo em que estava quando cá estive da última vez. Penso que seja essa uma das vantagens que a eternidade oferece...
Sei que vou passear muitas vezes por estes jardins repletos de flores, cheios de aroma, que vou encontrar outros como eu com quem irei conversar alegremente, que irei inspirar as essências libertadas pela terra molhada numa tarde de chuva, um perfume inigualável em qualquer lado do universo...
Mas sei também que haverão dias cinzentos, dias em que só me apetecerá enterrar no chão, em que chorarei e lamentarei os meus erros... Os meus erros consecutivos... A minha estupidez inata! Sim, porque só alguém dotado de extraordinária estupidez repete os mesmos erros vida atrás de vida.
Por vezes, sinto-me preso neste ciclo da vida eterna, Belazir-Terra , Terra- Belazir...
Pelo menos os meus erros não são graves como os daqueles que estão encerrados nas Torres. Eu não erro por vontade... Erro por... por... Por estupidez! Não encontro melhor definição!
Em todas as minhas vidas tenho pressa de crescer, pressa de me tornar homem, ou mulher, pressa de viver. E quando lá chego, cheio de dúvidas, de medos, sem estar devidamente preparado para o que é ser adulto começo a querer ser de novo criança, regressar à vida despreocupada, esse é o primeiro sinal...
O primeiro sinal que em breve regressarei a Belazir, o primeiro sinal de que voltei a errar, que voltei a esgotar as minhas energias para tentar acelerar o tempo, para chegar mais depressa à idade adulta – ignorando outra impossibilidade física na Terra: o tempo tem o seu próprio tempo.
Depois virá a doença inexplicável... De repente, do nada, serei acometido de uma terrível enfermidade... À medida que as minhas energias espirituais se forem findando, irei definhando até que um dia a vida soçobrará num misericordioso suspiro fatal...
Então estarei de regresso a Belazir...
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